Professores e estudantes da UEPB promovem ato "surpresa" para reivindicar o cumprimento da planilha orçamentária de 2017
A Comissão de Mobilização da Universidade
Estadual da Paraíba (UEPB) realizou no último sábado (01) uma manifestação de
última instância contra os reajustes previstos para a instituição em 2017. O
ato ocorreu na inauguração do Parque de Bodocongó, em frente à sede da Universidade em Campina Grande. Na ocasião se encontrava o
atual governador do estado Ricardo Coutinho.
A Comissão foi eleita em Assembleia da categoria
dos docentes no ano passado, com o intuito de promover o debate
político, interno e externo, acerca dos problemas vivenciados pela UEPB. A
redução do orçamento é vista pela equipe como um agravamento para a atual
situação da Instituição.
Cristiane Nepomuceno, professora
do Departamento de Ciências Sociais/Campus I e membro da Comissão de
Mobilização, afirmou que a divulgação tardia não justifica o número reduzido de
docentes presentes no evento, já que a UEPB conta com cerca de mil e trezentos docentes
que, em sua opinião, precisam defender a Universidade dos duros ataques
externos e internos que vem sofrendo.
Mesmo com o comparecimento de poucos professores e
estudantes, Cristiane afirma que o objetivo foi alcançado: entregar uma
solicitação de audiência em público para o Governo da Paraíba, em que a data,
espera-se que seja marcada o mais breve possível. Nepomuceno afirma:
“Infelizmente, o atual reitor, Antônio Guedes Rangel Júnior, nos últimos anos, furtou-se
ao confronto com o Governo Estadual. Simplesmente adotou uma postura de
subserviência que nos conduziu à crise que atualmente a instituição vivencia:
sucateamento, precarização das atividades acadêmicas, redução da já reduzida
política de assistência estudantil, significativas perdas salariais e afins”.
Ela também relata que a “ADUEPB [Associação dos Docentes da
UEPB], juntamente com a Comissão de Mobilização, estão conseguindo ampliar a
luta e chamar atenção dos meios de comunicação, para desconstruir os equívocos
do discurso do Governador e do Reitor que querem restringir a luta da Comissão
de Mobilização simplesmente a garantia da recomposição das perdas
inflacionárias para este ano de 2017, sendo que um dos principais objetivo é a luta
em defesa de um dos maiores patrimônios do povo paraibano, a Universidade
Estadual”, enfatizou.
Para a discente do curso de Sociologia, Joelma
Mendonça, os alunos não estão devidamente engajados na luta que vem sendo
travada juntamente com os professores em prol de um ensino de qualidade, por
isso houve um número consideravelmente baixo de pessoas presentes no ato do
último sábado; Como também pela pouca mobilização que tem ocorrido por parte
das pessoas que estão envolvidas com o movimento.
Mendonça ainda discorre acreditar que deve ter um
trabalho de conscientização dentro da instituição, para que haja uma
participação ativa dos alunos e que eles estejam cientes dos objetivos pelos
quais estão lutando, que deve se propagar um incentivo maior dentro das salas
de aula por parte dos professores para encorajar e incentivar as turmas a
reivindicarem seus direitos; “Deve haver um choque de realidade para que os
alunos percebam que nem tudo está às mil maravilhas”, conclui a estudante.
Durante a entrevista para o Jornal da Paraíba
(JPB) no dia 17 de março, o reitor Rangel Júnior afirma que ainda espera
justificativa do Governo do Estado sobre o corte de 27 milhões de reais no
orçamento da universidade, para poder discutir pessoalmente com o governador
Ricardo, pois, de acordo com ele, "não dá para continuar convivendo nessa
situação nos próximos meses".
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