Adoção Afetiva

O mês de Maio está próximo e, este tema está bem relacionado ao dia das mães, por tratar de um relacionamento afetivo bem próximo daquele experenciado por uma mãe e seu filho. Além disso, todos aqueles que sentirem o desejo de adotar e/ou de cuidar de um órfão, também sentirão cumplicidade com este texto.   

Muitas pessoas já tiveram o desejo de adotar uma criança, mas por algum motivo, talvez bem particular, não conseguem realizar essa vontade, fazendo com que milhares de crianças  e adolescentes esperem por uma família em abrigos. Este fato ocorre mundialmente.  Além disto, têm as pessoas que, por algum motivo, não podem adotar, mas que desejam se relacionar com aqueles que estão em espera por uma adoção. 

Uma iniciativa, bastante humanizada, passou a ser utilizada por algumas instituições. A possibilidade de oferecer às crianças um apadrinhamento afetivo, que consiste em uma pessoa com disposição para dar parte do seu tempo para uma dedicação e relacionamento com uma criança órfão. O objetivo é que a criança tenha a oportunidade de ter uma referência na vida e, consiga inserir-se ,de alguma forma na sociedade, além de receber e dar carinho de alguém que se importa com seu bem estar.   

Esta iniciativa tem mudado a vida de muitas pessoas e tem melhorado bastante a experiência de um órfão que enfrenta um processo de adoção que, por maioria das vezes, é bem demorado devido toda a burocracia que é inerente a estes prosseguimentos.    

O apadrinhamento afetivo não possui vinculo jurídico, ele é definido apenas como uma forma de aproximar pessoas dispostas a oferecer seus cuidados e atenção a quem está precisando e, esta atitude acaba sendo vantajosa tanto para os padrinhos quanto para os afilhados que, só têm a ganhar com o relacionamento de troca e amadurecimento.  

O processo para quem se dispõe a apadrinhar uma criança é bem simples, basta se informar qual instituição disponibiliza essa iniciativa, preencher alguns requisitos e participar. Geralmente essas instituições oferecem oficinas de esclarecimento e são monitoradas por equipes de profissionais responsáveis. Dessa forma, cada padrinho ou madrinha terão liberdade de escolher lugares para passear com seus afilhados, ocasiões festivas e demais atividades que queiram leva-los, participando efetivamente da vida da criança ou adolescente.   

Conforme o que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. IV). O Apadrinhamento Afetivo busca propiciar laços afetivos, pois estes têm o poder de modificar a realidade e o futuro de crianças e adolescentes. Assim, a ligação entre o padrinho e o afilhado pode durar a vida inteira, mesmo que a criança venha a ser adotado por outra família, nada impedirá que esta relação continue.   

Existem crianças em diversos lugares do mundo carentes de uma relação afetiva e, esta alternativa, sem sombra de dúvidas, pode transformar não só a vida de uma criança, mas também, de quem se dispõe a realizar um ato tão admirável.   

A espera por uma adoção é muito difícil pra ser vivida sozinha, e com o apadrinhamento afetivo  a adoção talvez não seja um pré-requisito para que um jovem tenha o direito de socializar-se e ser cuidado. Compartilhe esta oportunidade. 